quinta-feira, 28 de março de 2013

LIDERANÇA & OBEDIÊNCIA


Os primeiros dez dias de Março, deste ano de 2013, foram, certamente, os mais movimentados dos últimos tempos. Um Papa demissionário, um caudilho que bate as botas na Venezuela, um presidente do Senado brasileiro que... Deus me livre e guarde e um presidente de comissão de direitos humanos da Câmara dos Deputados, em Brasília, que não é direito nem humano. E, então, me lembro daquela velha canção do Chico Buarque ... “Chame o ladrão”.


O que liga esses pontos, na verdade, é aquilo que chamamos de liderança. Cada um ao seu estilo que, no fundo, bem lá no fundo, é a mesmíssima coisa: exercício do PODER. O que faz um Papa, um Ditador, um sujeito sem caráter e um aventureiro em funções de alto comando? Isto mesmo, o exercício pleno do poder, um poder que pode determinar uma mudança radical, para melhor (ou para pior) na vida das pessoas ou a sua total escravização. O problema está no fato de que qualquer tipo de mitificação de um indivíduo é uma forma de escravização. Um povo que não consegue seguir em frente, fazendo suas próprias escolhas, ainda que suas idéias não sejam seguidas pela maioria, além de se tornar dependentes de um líder centralizador e totalitário, oferece total obediência a esse indivíduo e se coloca como escravo de uma idéia, de um conceito de governo, de uma ideologia que, no fim das contas, não pretende que seus seguidores elaborem seus próprios pontos-de-vista em relação a si mesmos, em relação ao outro e, por conseqüência, em relação ao mundo. Enfim, nunca irão saber qual o seu papel neste imenso e infindável palco de vida. E nem sabem o que será, após saírem de cena.


O Vaticano tem Conclave. No Congresso Nacional tem conchavo. A Venezuela ainda está Com Chaves. É quase impossível saber o que será de nós.

E o pior está por vir, durante muito tempo só teremos fumaça negra nos olhos.

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