quinta-feira, 28 de março de 2013

O HOMEM QUE QUERIA SER REI (2)


Eu avisei, o Abílio não é mole, o cara é da pesada e não dá o braço a torcer, assim, e aceita a rendição sem luta. Ele já disse que quer tudo. Não abre mão do comando do Grupo Pão de Açúcar, que agora é controlado pelos franceses do Casino, acumulando a mesma função na BR Foods.

Acontece que há um baita conflito nessa celeuma toda, a BR Foods controla as marca de alimentos mais famosas do Brasil, quiçá de algumas partes de mundo, ou seja, Sadia, Perdigão, Resende, Seara... e tantas outras. É o fornecedor governado pelo cliente. A indústria que mais fornece para a rede de varejo. Mas os franceses não querem saber de ceder. A briga continua.

Ambos os lados estão dispostos a lutar até o fim. São pessoas de alto poder de negociação, em empresas com alto poder financeiro. O problema pode -ou não?- interferir nos destinos das empresas envolvidas no imbloglio, tudo vai depender do bom senso das partes em litígio.

Controlar duas empresas com forte penetração mercadológica daria a Abílio Diniz um poder sem precedentes e poderia, sim, criar problemas para concorrentes do Pão de Açúcar que comprariam produtos da BR Foods, que é líder absoluta no setor de alimentos processados.

Cabe ao CADE dizer quais são as vantagens e as desvantagens de Abílio Diniz dirigir as duas corporações. Cabe ao Mercado interferir em eventuais favorecimentos para o Grupo Pão de Açúcar pela BR Foods.

De fato os empresários brasileiros, com visão de longo prazo, estão alcançando a estatura de gente de negócios. Não devemos olhar a atitude de Diniz como arrogante, mas como uma atitude de fortalecimento das empresas brasileiras frente à concorrência internacional, estabelecendo uma relação mais equilibrada, com os concorrentes, mundo afora.

Tal como Jorge Paulo Lemman, da Ambev.

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